SINPROEP-DF participa de debate sobre violência contra o professor na CLDF

A violência contra o professor será tema de audiência pública, na próxima segunda-feira (18), às 10h, na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). O encontro contará com a presença do Sindicato dos Professores em Estabelecimentos Particulares de Ensino do Distrito Federal (SINPROEP-DF), de profissionais de educação e representantes do governo local. O objetivo é encontrar alternativas para combater as agressões sofridas pelos professores no ambiente escolar e resgatar o valor da profissão.

Sobre o assunto, a presidente do SINPROEP-DF, professora Karina Barbosa, explica que os docentes sofrem violências de todos os tipos e de várias partes. De acordo com a presidente, os professores em escolas particulares ainda têm o agravante de que, por se remeterem a uma empresa particular, não querem denunciar os abusos de assédio moral, cometidos pela própria instituição ou por aqueles que ocupam cargos de chefia. “Mesmo as agressões dos alunos são ‘disfarçadas’ em prevalência aos interesses econômicos. Eles têm medo de perderem o emprego ou até mesmo não conseguirem se reinserir no mercado de trabalho”, explica.

Karina Barbosa também acredita que é possível resgatar a autoridade do professor em sala de aula. “Para isso acontecer, precisamos que os professores sejam valorizados, com salários decentes, capacitados e com condições adequadas de trabalho. Se o próprio poder público não criar meios para valorizar o professor, que tipo de legado estamos deixando para que crianças e adolescentes o façam?” E completa: “ ainda sou daquela ideia de que as palavras ensinam e os exemplos arrastam.”

Projeto de lei – A audiência pública é promovida pelo deputado Professor Israel, autor do Projeto de Lei de Proteção ao Professor, que tramita na CLDF. O texto estabelece as prerrogativas de advertir o estudante, apreender objetos que estejam causando perturbação da aula e até determinar sua saída da sala.

Caso seja agredido ou esteja sob ameaça, o PL aponta que cabe ao educador comunicar à instituição. Além disso, a escola deve levar o fato ao conhecimento de pais ou responsáveis, no caso de menores de idade, ou ao Batalhão Escolar e ao Ministério Público.

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