Greve da educação privada de MG contra arrocho dos patrões continua!

Professoras e professores decidem manter greve

Reunidos em assembleia, professoras e professores do setor privado de ensino de Minas decidiram estender a greve até esta quarta-feira, 2/5, quando voltam a avaliar o desenrolar das negociações às 18h, no hall da Assembleia Legislativa.

A categoria entendeu que as negociações com o sindicato patronal no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), que duraram mais de sete horas, pouco evoluíram e, por isso, decidiu continuar parada.

Durante assembleia realizada no início da noite desta quarta-feira, 02/05, mais de 2000 professores e professoras do setor privado decidiram permanecer em greve, após uma avaliação das negociações com o sindicato patronal na mediação realizada no Tribunal Regional do Trabalho.

A categoria avaliou que ainda não há nada garantido em seus direitos, uma vez que o sindicato patronal comunicou, em mesa de negociações do TRT, que ainda precisa fazer assembleia com os donos de escola para decidirem se aceitam ou não aquilo que foi acordado perante o desembargador e o procurador do Ministério Público do Trabalho (MPT).

Tendo em vista a não oficialização de nenhuma das propostas prometidas pelo Sinep/MG, os professores, de forma prudente, cautelosa e responsável com seus direitos e sua dignidade, resolveram estender a greve até sexta-feira (04/05) dia em que farão nova assembleia baseados no resultado da deliberação patronal.

Também como decisão de assembleia, a categoria insiste na valorização com ganho real , homologação no sindicato para rescisão de contratos acima de 1 ano e a vigência da CCT por 2 anos.

Na manhã de sexta-feira o sindicato patronal realiza assembleia de seus associados para deliberar sobre o teor da contraproposta que vem sendo costurada em mediações no Tribunal Regional do Trabalho. O resultado desta reunião será apreciado pelas(os) docentes.

Os principais pontos que os professores exigem são:

1.Continuidade das homologações das rescisões no sindicato. A homologação é um momento em que o professor está fragilizado e precisa da presença do Sinpro. Fundamentalmente para conferir suas contas. Não existe ônus para o patronal, logo não existe motivo para recusa da cláusula.

2.Reajuste conforme nossa pauta deliberada em assembleia (INPC + 3%). As mensalidades escolares subiram em média 12% na RMBH, não havendo motivo para não conceder o reajuste pedido que ficou abaixo das mensalidades escolares.

3.Não punição dos grevistas, conforme lei de greve e organização sindical.

4.Contribuição sindical descontada conforme autorização de assembleia (podendo professor se manifestar contra, conforme proposta do desembargador, que a categoria acatou, porém o Sinep não).

Nossos direitos, nossa luta!