A ofensiva do capital contra o ensino busca a precarização do setor

Em artigo, coordenador da Contee José de Ribamar Virgolino Barroso, reflete sobre mais uma etapa da investida do capital sobre o ensino com a recente aquisição da Somos Educação pela Kroton Educacional

A recente aquisição da Somos Educação pela Kroton Educacional, líder no setor de educação privada, é mais uma etapa da investida do capital sobre o ensino, buscando unicamente o lucro. Investida que vem sendo incentivada pelo Governo Temer, desde a deposição da presidenta Dilma Rousseff.

Um significado profundo dessa investida é que a educação vai se distanciando cada vez mais do objetivo de formar cidadãos com conhecimentos científicos e conscientes de seus direitos e deveres e sendo transformada em mera mercadoria.

Medidas impostas por Temer, como a substituição dos representantes de entidades democráticas e representativas dos profissionais da educação, como a Contee, por empresários da educação e seus porta-vozes no Conselho Nacional de Educação; a reforma do ensino retirando o conteúdo humanista da base curricular; a reforma trabalhista, golpeando conquistas históricas, como o salário mínimo e a jornada de 40 horas semanais; o congelamento dos investimentos da União em educação por 20 anos etc. reforçam o poder do capital sobre o setor educacional. Levam à precariedade do ensino público e colocam à disposição dos empresários um gigantesco mercado consumidor.

Em 2007, todos os grupos educacionais começaram a abrir ações na Bolsa de Valores. Entre 2008 a 2013 o processo se intensificou. Com ele, a Kroton se apoderou de 126 instituições de educação superior que, juntas, oferecem algo em torno de 880 mil matrículas. Isso sem contar as instituições de educação básica. Os 10 maiores grupos da educação superior têm, juntos, mais de 40% de todas as matrículas.

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