Na sexta-feira 22/03, Brasília foi às ruas em ato contra a Reforma da Previdência do governo Bolsonaro, que vai penalizar duramente os professores e professoras do setor privado, que com a nova lei, para se aposentar com salário integral terão que trabalhar até os 65 anos de idade.
As diversas ações realizadas Brasil afora, nesta sexta-feira (22), Dia Nacional de Luta em Defesa da Previdência, mostraram que a classe trabalhadora está organizada para barrar a reforma da Previdência de Bolsonaro, que tramita na Câmara dos Deputados como PEC 6/2019 (Proposta de Emenda à Constituição). Mais de 100 cidades do Brasil realizaram atos, paralisações, assembleias, carreatas, panfletagens e outras atividades. No Distrito Federal e Entorno não foi diferente.
Nessas mobilizações, o setor privado da educação esteve presente. O Sinproep-DF foi uma das entidades de trabalhadores de Brasília que realizou atividades neste Dia Nacional de Luta em Defesa da Previdência. Foram realizadas ações nas Redes Sociais e nas escolas e faculdades para esclarecer professores e alunos sobre os prejuízos da medida, com a publicação notícias e de fotos de professoras e professores que se mobilizaram neste 22 de março.
A presidente do Sinproep-DF, professora Karina Barbosa afirmou que “Este Dia Nacional de Luta em Defesa da Previdência foi apenas uma pequena amostra da disposição de luta da classe trabalhadora que, com certeza, vai construir uma greve geral pelo direito de aposentar. Foi um momento de conscientização dos professores sobre os prejuízos generalizados que a reforma da Previdência de Bolsonaro traz para homens e mulheres”, afirmou Karina.
Para Rodrigo de Paula, diretor jurídico do Sinproep-DF, “será preciso, cada vez mais, esclarecer aos professores e professoras do setor privado, que a reforma da Previdência de Bolsonaro tem como único objetivo impedir o acesso ao benefício da aposentadoria, os que trabalham na educação”. Rodrigo lembrou ainda que, “no caso das professoras, da Educação Básica a reforma da Previdência é ainda mais cruel, já que a reforma retira a condição especial de gênero e impõe uma aposentadoria tardia, aumentando 15 anos de trabalho para poder ter acesso a 100% do benefício”, explica. Atualmente, as professoras podem se aposentar com 50 anos de idade e 30 anos de contribuição, com salário integral.
A mobilização geral representa o esquenta para a greve geral que as centrais vão organizar se o governo insistir em manter a tramitação da proposta que acaba com a aposentadoria por tempo de contribuição e impõe a obrigatoriedade de idade mínima de 65 anos para os homens e 62 para as mulheres terem direito ao benefício.